Como viajar mudou a minha vida – Parte 2

A melhor parte de viajar são as histórias que você tem para contar depois. As pessoas que você conheceu. Os amigos que você fez. As memórias. Ou seja, a melhor parte de viajar é que viajar não é uma coisa material, é uma experiência. E antes explicar o porquê, o que eu posso dizer é que viajar me ensinou que não são as coisas que importam na vida, mas sim tudo que não é material.

Se você tivesse que escolher entre comprar um celular novo e viajar, qual seria a sua escolha hoje? Talvez com um celular velho e meio quebrado suas fotos não saíssem tão boas, mas as lembranças da sua viagem permaneceriam na sua memória pra sempre. Aliás, mais do que as lembranças; a sensação. Uma vez me deparei com uma frase incrível de Carl Buehner que diz: “As pessoas esquecerão o que você disse, as pessoas esquecerão o que você fez. Mas elas nunca esquecerão como você as fez sentir.”

O mesmo se aplica para viagens. Você vai esquecer o nome das praças que visitou. Vai esquecer quais obras estavam dentro daquele museu incrível. Vai esquecer o nome daquele hostel super gracinha que tinha um café da manhã muito diferente. Mas você nunca vai esquecer a sensação que teve em determinados lugares.

Flickr | CC BY-NC 2.0 | Geraint Rowland

Flickr | CC BY-NC 2.0 | Geraint Rowland

E agora você pergunta: tá, mas como isso mudou a sua vida? Viajar me ajudou a perceber isso e foi essa percepção que fez com que a minha vida fosse incrivelmente mais real. Isso me fez deixar um pouco de lado as coisas que não são a vida e focar no que realmente importa. Durante qualquer viagem longa, você VAI se deparar com situações adversas. Você VAI se sentir tentado a reclamar. Mas ao mesmo tempo, se você estiver aberto às experiências, você VAI conhecer pessoas incríveis, VAI conhecer culturas totalmente diferentes e ver que a sua situação não é tão ruim quanto você pensava.

Seus problemas são, na verdade, muito pequenos. Você é um grão de areia no universo, e ainda assim você tem a liberdade de se locomover pelo mundo trocando sensações e momentos únicos com pessoas tão diferentes. Essa conexão existe, mesmo com pessoas que, à primeira vista, possam parecer totalmente diferente de você. Até mesmo com uma pessoa que não fala a sua língua; você consegue se comunicar, seja com um sorriso. Você troca sensações. E isso não é incrível?

Viajar me fez perceber que o mundo é muito pequeno. Que a gente não está no mundo para se submeter à sucessão de acontecimentos aos quais a sociedade deu o nome de vida; a vida é muito mais do que isso. E, mais do que isso, nós não estamos sozinhos. Todas as coisas materiais são efêmeras, mas as experiências, as pessoas, as sensações e as lembranças vão fazer com que qualquer viagem valha a pena. O mundo é nosso!

Escrito por , jornalista e tradutora que ama conhecer novas culturas e viajar, seja com os livros ou com a mochila nas costas. É criadora de Conteúdo no WePlann.

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