Por que algumas pessoas nasceram para viajar? A ciência explica

Se você tem uma constante necessidade de buscar aventuras e não há nada que o faça desistir dos planos de conhecer os 4 cantos do mundo, talvez essa vontade esteja relacionada a um fator genético. Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine revelou que isso pode ser rastreado a um gene associado com os níveis de dopamina no cérebro, que é responsável pela sensação de prazer.

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O estudo “Migração da População e a Variação das Frequências dos Alelos do Receptor de Dopamina D4 (DRD4) ao Redor do Mundo” começou com uma pesquisa por elos entre o receptor de dopamina D4 e o distúrbio de déficit de atenção. Mas no processo da pesquisa, foi descoberto que alelos do gene DRD4 estão presentes em pessoas com personalidades que buscam novidades, emoção, que são hiperativas e gostam de correr riscos. Isso foi proporcionado pela análise dos padrões de migração e a distribuição de genes em seres humanos pré-históricos.

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Esse gene foi apelidado de ‘gene de wanderlust’ (palavra que significa um grande desejo de viajar e conhecer lugares novos), já que portadores dessa informação genética quase sempre tinha um largo histórico de viagens. Temos muito a agradecer aos ‘wanderlusters’, os viajantes natos. Foram eles que levaram as civilizações humanas para outros lugares além da Mesopotâmia.

Em outra pesquisa, o jornalista David Dobbs, da revista National Geographic, investigou por que humanos viajam e as evidências apontaram novamente ao gene DRD4; há vários estudos que relacionam o gene com uma grande vontade de explorar lugares, ideias, comidas, relacionamentos, buscando sempre movimento, mudança e aventura.

No entanto, o gene não é tão comum assim; ele é encontrado em apenas cerca de 20% da população. Será que esse é o seu caso?

Escrito por Natália Grandi, jornalista e tradutora que ama conhecer novas culturas e viajar, seja com os livros ou com a mochila nas costas. É criadora de Conteúdo no WePlann.