Resistência: história do Harlem e sua herança musical

Berço de grandes artistas do jazz e blues, o Harlem é um dos bairros mais emblemáticos de Nova York. Com certeza você já ouviu falar do Teatro Apollo ou dos coros de música gospel nas igrejas batistas da região. Essas e outras atrações são o que fazem do bairro um reduto da produção artística afro-americana. Qualquer um que caminhar pelas ruas do Harlem se encantará com a sua riqueza cultural, histórica e principalmente musical.

Origem

Fundado em 1658 pelos holandeses, Nieuw Haarlem ou novo Haarlem era um povoado agrícola bem localizado, com estratégico posicionamento militar, solo fértil e cujo nome fazia homenagem a uma cidade ao noroeste da Holanda. Pouco mais de 100 anos depois, no período da guerra pela independência, a região foi tomada pelos ingleses.

O Harlem começou a crescer e se desenvolver no fim do século XIX. Enquanto a construção de ferrovias estimulava a vinda de famílias mais abastadas ao norte, os aluguéis baratos na região atraíam os imigrantes europeus – que chegavam cada vez em maior número à América.

Em busca de trabalho e segurança, os negros do sul dos Estados Unidos começam a migrar para o norte no início do século XX. Vítimas da discriminação racial e da violência, que aumentou após os sulistas perderem a Guerra da Secessão, os descendentes afro-americanos fizeram de Harlem um bairro étnico.

Harlem Renaissance

Na década de 20, surge o movimento Harlem Renaissance que pedia pelo renascimento do bairro como um centro da cultura negra norte-americana. Entre vários nomes e diversas manifestações artísticas, Duke Ellington, Louis Armstrong, Billie Holiday e Ella Fitzgerald eram alguns dos ativistas no movimento musical.

Pteranadons

Apollo Theater em 2013 (Foto: Wikimedia Commons | Creative Commons | Pteranadons)

Neste período, os bares de jazz começaram a surgir na região. Berço para grandes estrelas do gênero, destacavam-se o Cotton Club, o Small’s Paradise e o Teatro Apollo. A efervescência cultural durou até a década de 30, quando o país entrou em um período de recessão provocada pela quebra da bolsa de Nova York.

Embora o Harlem tenha fama de ser um lugar violento, herança da Grande Depressão que levou a marginalização de parte dos moradores, é um equívoco pensar que nada mudou! A revitalização do bairro teve início na década de 1980. Por isso, não deixe de conhecer os antigos clubes de jazz, os centros de resistência da cultura negra e de ouvir os famosos corais gospel.

Inclusive, se você vai dar uma volta pelo Harlem numa quarta-feira ou domingo, não pode perder um clássico do bairro que são os corais gospel. Um tour pode te levar até os principais recantos da cultura gospel de Nova York, onde muitos artistas famosos começaram suas carreiras, e ainda almoçar no famoso restaurante Sylvia’s.

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Para quem quer entrar ainda mais em contato com a cultura do Harlem, há dois tours que vão te mostrar ainda mais as maravilhas e contrastes do bairro. Em um tour a pé, você pode conhecer a história do Hip Hop e visitar locais icônicos como o Graffiti Hall of Fame, o Harlem World Entertainment Complex e alguns dos mais importantes clubes de jazz de Harlem.

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Tem outras dicas do que fazer no Harlem? Queremos saber tudo sobre a sua experiência!

Escrito por Isabella Giordano. Cidadã do universo, jornalista e escritora, que ama qualquer tipo de viagem e comida. É criadora de Conteúdo no WePlann.

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