Paris de bicicleta: conheça a cidade pedalando
Pedalando por Paris, percebi como é agradável conhecer uma cidade plana sobre duas rodas. Por morar em São Paulo, que é repleta de ladeiras, não tenho o incrível hábito de andar de bicicleta. Embora conte com alguns amigos e familiares ciclistas, quase nunca cogito vagar pela capital de bike. Alguns podem até pensar, “teve que ir até Paris para descobrir como é bom pedalar?”. Talvez. Com o vento refrescante de outono, sob um límpido céu azul e uma ótima bicicleta, ganhei uma nova perspectiva ao fazer um tour de bike – tanto para locomoção quanto para passeio.
Nos meses de outubro e novembro, Paris merece ser vista e apreciada, pois irradia tons de laranja e dourado que vão te conquistar. Além de ser grande demais para conhecê-la inteiramente a pé (mas pequena o bastante para pedalar sem se cansar demais), os seus trajetos de transporte público levarão seu precioso tempo embora. Entre um ônibus lotado, onde será impossível observar a vista pela janela, ou uma trajetória de meia hora em baixo da terra, vou sempre considerar uma revigorante volta de bicicleta. Uma coisa é certa: a próxima vez que eu for a Paris, certamente passearei pela cidade de bicicleta.
Roteiro
O tour passava por alguns dos principais marcos de Paris: a espetacular Torre Eiffel, a imponente Ponte Alexandre III, o colorido Jardim de Tuileries, o gigante Museu do Louvre, a curiosa Place de la Corcorde, o clássico Museu d’Orsay e o Domo dos Inválidos, onde fica o túmulo de Napoleão. Ao longo do trajeto, houve algumas paradas para que um guia explicasse um pouco sobre a história de cada local. De maneira simples e descontraída, aprendi sobre as maravilhas que me cercavam sem nem perceber que rodei aproximadamente dez quilômetros e meio.
Seguem algumas das curiosidades mais interessantes que descobri nesse tour:
- Do lado oposto à Torre Eiffel, no parque Champs de Mars, está o Mur pour la Paix (Muro pela Paz). Os 12 painéis de vidro, com a inscrição da palavra paz em diversos idiomas, foram instalados no local em 2000. Inspirada no Muro das Lamentações de Jerusalém, a obra – que conta com fendas para que os visitantes deixem suas mensagens de paz – gerou discussões polêmicas e bem calorosas pelo fato de bloquear a paisagem ao estilo “cartão-postal” da Torre Eiffel. Uma ironia em tanto, não?
- O túmulo de Napoleão fica em baixo de um domo dourado, o qual integra o enorme complexo Hôtel des Invalides (Hotel dos Inválidos) – onde se situa também o Musée de l’Armée (Museu das Forças Armadas). Armas, guerras, canhões… não parece tão emocionante quanto a Vênus de Milo ou a Mona Lisa? Engano seu! A quantidade de história contida por ali vai te surpreender. E o tal domo, é um dos grandes marcos de Paris! Dica: se você for ao Museu Rodin, terá uma vista espetacular do domo ao caminhar pelo jardim do local.
- A Torre Eiffel foi herança da Exposição Universal de 1889, assim como a Ponte Alexandre III na edição de 1900 deste mesmo evento. Considerada uma das mais belas pontes de Paris, foi um presente da Rússia para França. Sua extravagância se traduz em lindas estátuas de bronze e postes de luz ornamentados que roubam a atenção de tudo ao seu redor – até mesmo da emblemática Torre Eiffel. É muito comum casais tirarem fotos com suas roupas de casamento (eu mesma vi um quando passamos por lá!).
- O primeiro Arco do Triunfo não é o gigantesco arco que todos conhecem. Com ordem de Napoleão, o Arc de Triomphe du Carrousel (localizado em frente ao Louvre), foi o primeiro arco construído. No entanto, como foi construído as pressas, acabou sendo pequeno demais para que as tropas conseguissem atravessá-lo. Napoleão, por sua vez, ordenou que dessem uma volta ao redor do arco (por isso é chamado de carrossel) e, depois, construiu o famoso e conhecido Arco do Triunfo.
- Diferente do que muitas pessoas imaginam, o Louvre conta com algumas entradas. Para evitar tumulto, opte por descer as escadas por trás de duas estátuas de anjo (localizadas em frente ao museu) ou pela porta que tem duas estátuas de leão. Em vez de pegar fila para descer pela entrada da pirâmide de vidro, tire a sua foto e fuja para esses acessos alternativos. Você vai economizar tempo e paciência!
Um dos grandes destaques do passeio foi o Jardim de Tuileries. Infelizmente, não é permitido pedalar por lá. Por isso, tive que descer das bike e empurrá-la até um café – onde houve uma pausa para fazer um lanche e apreciar a vista. Ali também é proibido pisar no gramado do jardim, o que ajuda a conservá-lo. E se você parar para observar, vai perceber que o local é como uma espécie de museu a céu aberto, com estátuas de renomados artistas como Rodin, Giacometti e mais.
Pois é. Depois de Paris, andar de bike entra nos meus planos. E quer mais dois incentivos? É econômico e sustentável. Não perca a chance de fazer esse passeio: reserve as suas entradas para o tour de bicicleta aqui.
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Escrito por Isabella Giordano. Cidadã do universo, jornalista e escritora, que ama qualquer tipo de viagem e comida. É criadora de Conteúdo no WePlann.