Por que eu me apaixonei por O Fantasma da Ópera

Paris nos anos 1890. Há rumores de que a casa de ópera Palais Garnier é assombrada por uma entidade conhecida como “O Fantasma da Ópera”. Este “Fantasma”, além de assombrar a ópera, é também instrutor de Christine Daaé (uma das dançarinas da companhia) no seu caminho artístico e em sua jornada como cantora. Christine faz sua primeira performance como cantora principal quando a Carlotta (a prima donna da companhia) perde a voz antes de um show – e o sucesso é estrondoso. Tudo isso graças ao “Anjo da Música” que guiou Christine.

A partir daí, Erik, o Fantasma, faz de tudo para que Christine possa participar das apresentações no teatro não mais como uma artista coadjuvante, mas como a cantora principal. Nesse processo, Erik se apaixona por Christine e tenta mantê-la consigo a todo custo. Mesmo agindo das formas mais brutais e agressivas, Christine mostra a Erik toda sua compaixão e o ensina que é possível criar um relacionamento verdadeiro apesar das aparências, já que o rosto de Erik assustava a todos e o obrigava a usar uma máscara.

Erik, o fantasma em O Fantasma da Ópera, na Broadway

Ficou interessado? De forma bastante breve, é essa a trama de O Fantasma da Ópera.

O musical que vem encantando pessoas de todas as idades nos palcos da Broadway há 30 anos.

É uma mistura de trama sombria no melhor estilo Edgar Allan Poe (Gaston Leroux, o autor do romance original, se inspirou muito nele) com a grandiosidade das produções de teatro musical.

E agora a pergunta pela qual você clicou neste post:

Por que eu me apaixonei pelo musical O Fantasma da Ópera?

O Fantasma da Ópera é a perfeita demonstração do que é a Broadway: glamour, números musicais marcantes, figurinos deslumbrantes e uma produção sem igual. Meu conselho para quem vai a Nova York pela primeira vez é sempre assistir a um musical que já conheça e, dentre os shows que estão atualmente em cartaz, esta é uma das histórias mais conhecidas por todos.

Cena de O Fantasma da Ópera, na Broadway

O primeiro motivo que fez com que eu ficasse encantada pelo show é que é um estilo de música que nós não estamos tão acostumados a ouvir.

A maioria dos espetáculos tem um estilo mais pop, com trilhas sonoras compostas de músicas que poderiam muito bem estar na sua playlist de festa. Já as canções do Fantasma são orquestradas e com canto lírico. É tão encantador e envolvente que logo nas primeiras notas, todos os pensamentos que estão sua mente param pra que você preste atenção nos cantores.

Além disso, o show é muito mais do que um simples “show”. Ele realmente faz jus ao título de espetáculo. Os figurinos são de deixar qualquer um boquiaberto. Eles têm como referência o final do século XIX, então já são elegantes em sua essência – mas para que ficassem ainda mais adequados para um show da Broadway, a equipe de figurino realmente caprichou nos looks.

Dançarinas vestidas com roupas vermelhas fazem cena em O Fantasma da Ópera, em Nova York

Uma coisa que eu acho muito legal levar em consideração é que esse é um espetáculo relativamente antigo. A estreia na Broadway aconteceu em 1988 e o musical se manteve igual desde aquela época até os dias de hoje.

Mesmo assim, os efeitos visuais e especiais ainda são impressionantes! Não quero dar nenhum spoiler porque quero que você tenha as mesmas surpresas que eu tive quando assisti, mas uma cena clássica que posso mencionar é aquela em que Erik leva Christine em um barco até seu esconderijo. Realmente dá a impressão de que eles estão navegando pelo palco! Dá uma olhada nesse trecho da música tema do espetáculo, “The Phantom of the Opera“, exatamente nessa cena do barco:

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O espetáculo é cheio de detalhes que impressionam. O número da música “Masquerade”, um baile de máscaras, cheio de figurinos clássicos e maravilhosos, dá a impressão de que tem muito mais atores do que realmente tem. Isso é porque a escadaria do cenário tem vários manequins para dar a impressão de que é uma festa, cheia de pessoas fantasiadas.

Cena da música Masquerade no musical O Fantasma da Ópera, na Broadway

Cena da música "Masquerade"

E não é à toa que o musical foi tão premiado. Ele recebeu o Tony Award de Melhor Musical no seu ano de estreia, além do Tony de Melhor Ator (Michael Crawford), Melhor Atriz Coadjuvante (Judy Kaye), Melhor Diretor de Musical (Harold Prince), Melhor Design Cênico e Melhor Design de Figurino (ambos feitos por Maria Björnson) e Melhor Design de Iluminação. E essa é só a lista de Tony Awards! O Fantasma também recebeu Olivier Awards e outros prêmios internacionais.

Só na Broadway, é o show que está há mais tempo em cartaz, celebrando a performance de número 10 mil em 11 de fevereiro de 2012, a primeira produção a celebrar tantas apresentações.

Se não bastasse tudo isso, O Fantasma da Ópera é um clássico. Você provavelmente já ouviu as músicas, seja pelas interpretações feitas por bandas diversas ao longo do tempo, seja pelo conhecimento geral que as pessoas têm do musical.

A história original foi adaptada muitas e muitas vezes para diversas plataformas, desde livros infantis até teatro e cinema. As duas adaptações mais famosas para o cinema foram as do filme de 1925, dirigido por Rupert Julian, e a de 2004, que teve Gerard Butler no papel do Fantasma e foi inspirada na versão musical de Andrew Lloyd Webber.

Vai pra Nova York? Então não deixe para depois e reserve já os seus ingressos para O Fantasma da Ópera. Assim você garante os melhores assentos e a experiência mais tranquila!

Escrito por Natália Grandi, jornalista e tradutora que ama conhecer novas culturas e viajar, seja com os livros ou com a mochila nas costas. É criadora de Conteúdo no WePlann.

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